A influência cultural dos EUA e países desenvolvidos sobre o mundo através do jogo eletrônico STREET FIGHTER



Não é novidade afirmar que os Estados Unidos exercem uma hegemonia monopolista desde o início do século XX, mormente depois da Primeira Guerra Mundial, que terminou em 1918. O que parece esdrúxulo é a forma com que o poder supramencionado é exercido. A força militar é considerada um baluarte para essa sociedade, pois representa o vigor de dominação, seja nos aspectos políticos, econômicos, que influem, por conseguinte em diversos fatores, dentre eles o cultural e ideológico.


Atualmente o nosso planeta passa por um hibridismo cultural eminentemente intenso. O problema é que em muitos setores há uma forte demanda de influência norte-americana que adequam muitas características da sua nação a de outras, sendo, precipuamente, os países mais pobres afetados com que essa influência cultural.


Uma forma da referida influência deu-se no início da década de 1990, com o advento do jogo eletrônico STREET FIGHTER. Este enfatizava lutadores de diversos locais do mundo, vislumbrando caracterizar alguns países. Dos EUA, havia três lutadores: um da aeronáutica, outro lutador de karatê, que enaltece o mar e a bandeira deste país e outro lutador de Boxe, estruturando um apanágio de força bélica. No Japão havia também um Karateca e um lutador de Sumô e assim por diante.


Quando chega a vez da caracterização do lutador brasileiro, é visto um lutador de cor verde, com cabelos que variavam entre verdes e vermelhos, cujo nome é Blanka. Era como se fosse um primata, em que o seu corpo não tinha um desenvolvimento nem um pouco semelhante ao homem de hoje. A história do jogo conta que o lutador foi caracterizado daquela forma em virtude de uma experiência. Porém, a pergunta que fica é: por qual motivo é um brasileiro? Não poderia ser um lutador de um país desenvolvido?


Esse jogo fez sucesso em todo mundo durante a década de 90 e a imagem transmitida do lutador brasileiro era aquela. Muitas crianças naquele período, que brincaram desse jogo, como avaliam a visão acerca dos brasileiros, atualmente, já que agora são adolescentes e até adultos?


Não que devamos ofuscar a nossa realidade, mas esta perpassa por um processo de desigualdade social baseada numa política a partir do imperialismo ianque dos Estados Unidos, onde os governos brasileiros (historicamente falando) tornam-se subservientes ao referido país, que é representado por inúmeros órgãos privados internacionais.


Assim, considero um aviltamento ao povo brasileiro a caracterização de um lutador com esses aspectos físicos. Esse jogo teve uma repercussão enorme em todo o planeta e uma visão do Brasil um tanto quanto maléfica. Acredito no hibridismo cultural, onde o “boom informacional” faz com que conheçamos outros países e continentes, partindo de sua cultura, economia, política, etc.


Com efeito, o que não podemos acatar é um país como o Brasil, que tem uma influência cultural dos Estados Unidos, vez que muitas lojas, bem, como a publicidade em grande escala financeira, que promovem ao povo brasileiro, a compulsoriedade de falar muitas palavras em inglês, de hibridar sua linguagem e cultura a dos EUA. Isso seria bom, se o sentido fosse interdisciplinar e recíproco e não uma inventiva arbitrária e unilateral do país supramencionado em globalizar sua cultura num caráter comercial.


Finalmente, percebe-se que são muitas as formas que mais parecem com arbitramento cultural do que hibridismo, em que os EUA coagem a modificação do eixo cultural de muitos países e deturpam várias imagens e o jogo STREET FIGHTER, está inserido nesse contexto.


Jonathas Carvalho

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