Bibliotecas na Colômbia: um exemplo a ser seguido




Caros leitores, disponibilizamos aqui um artigo sobre as bibliotecas na Colômbia. Sem dúvidas, esse país é um exemplo para as demais nações latino-americanas no que se refere ao desenvolvimento de bibliotecas atestando a sua importância educativa, cultural, social e educacional. As bibliotecas, na Colômbia, mostram o grande potencial que essas instituições possuem de conceber pensamentos e comportamentos e de promover benefícios a sociedade.


Biblioteca Virgilio Barco, em Bogotá

O link que leva ao artigo é:
Mais informações sobre a situação das bibliotecas na Colômbia:

As perguntas que podemos fazer a partir desse artigo são: qual o papel potencial e real da biblioteca no Brasil? Como a biblioteca pode ser um instrumento ativo na formação de novos leitores? Quais os meios que a biblioteca pode estabelecer para a conquistas de novos leitores/usuários? Qual o papel do Estado na proposi~ção de uma nova mentalidade para as bibliotecas?
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A acessibilidade dos portadores de necessidades especiais às bibliotecas universitárias: realidade ou mito?


Quando se fala no ambiente universitário (especificamente a biblioteca) percebe-se ser muito intenso esse processo de isolamento informacional aos portadores de necessidades especiais. Os aspectos infra e super-estruturais desencadeiam um espectro de mitificação ao portador quando não tem acesso amplo ao local.

Falar dos portadores de necessidades especiais implica um termo bastante conhecido, mas que precisa ser refletido sob vertentes sólidas: acessibilidade. Esta é a palavra chave que promoverá a discussão e as possíveis reflexões para a efetiva inserção dos portadores no meio acadêmico (neste caso) a ampliação do acesso informacional pelo viés biblioteca.


Dessa forma, fica a indagação: o que efetivamente é acessibilidade? Como ela se aplica a realidade dos portadores de necessidades especiais na biblioteca universitária? Conforme o dicionário Aurélio (2005), afirmando um conceito mais amplo de acessibilidade volta, sobretudo para a educação especial: “Condição de acesso aos serviços de informação, documentação e comunicação, por parte de portador de necessidades especiais”.

Vale ressaltar que esse processo de acessibilidade acelerou-se sobremaneira com a difusão da rede computadores, principalmente a internet na década de 90, ampliando o conceito de acessibilidade e tentando efetivar uma maior interação entre os portadores de necessidades especiais com os ambientes de espaços físicos (transportes, saúde, lazer) a partir do mundo digital (redes de computadores e sistemas de informação e comunicação).

Porém, é importante fazer a ressalva que um grande imbróglio surge quando é feita essa avaliação: o fato desse projeto ter surgido nos Estados Unidos e não ter as suas reais adaptações em países de realidades sócio-econômicas como o Brasil. Mesmo os acessos ao computador e internet terem aumentado no Brasil o número de pessoas ainda é insignificante no processo que ficou comumente conhecido como “inclusão digital”.

No caso das bibliotecas universitárias percebe-se que são importantes instrumentos para os cursos aos quais estão inseridos. A criação da portaria no 1.679, dispõe acerca da exigência de requisitos de acessibilidade para pessoas portadoras de necessidades especiais. Isso obrigou o MEC, a avaliar as bibliotecas dos cursos pela acessibilidade a partir de 1999.

De acordo com Mazzoni (2005, p. 6) o artigo primeiro da Portaria supramencionada,

Determina que sejam incluídos nos instrumentos destinados a avaliar as condições de oferta decursos superiores, para fins de sua autorização e reconhecimento e para fins de credenciamento de instituições de ensino superior, bem como para a sua renovação, conforme as normas em vigor, requisitos de acessibilidade de pessoas portadoras de necessidades especiais. Além da Norma Brasil 9050, da Associação Brasileira de Normas Técnicas, que trata da “Acessibilidade de Pessoas Portadoras de Deficiências e Edificações, Espaço Mobiliário e Equipamentos Urbanos”, outras indicações são feitas para um correto atendimento às pessoas em situação de deficiência física, deficiência visual e deficiência auditiva.

Com efeito, malgrado a criação de lei não é ela que irá estabelecer os elos e ligação para o efetivo cumprimento das causas voltadas para o portador de necessidades especiais. A questão permeia um aspecto mais lato direcionado a uma questão social, política e epistemológica. Os dois primeiros referem-se a questões de influência, que as autoridades podem encaminhar; já o terceiro concerne a concepção de que para suprir as necessidades dos portadores de necessidades especiais é mister vários estudos, tanto de estruturas físicas, como de acesso ideológico.

Assim, é perceptível que muitas universidades não têm avaliado a biblioteca como um importante instrumento de contribuição ao ensino, pesquisa e extensão, mas apenas como um espaço de livros armazenados. A mitificação de que a biblioteca é um espaço para uma minoria é uma realidade recrudescedora para grande parte da sociedade e para o próprio bibliotecário, embora na Universidade essa porcentagem de acesso às estruturas da biblioteca sejam menores.
Percebe-se que a questão do acesso por parte do portador de necessidades especiais é, em primeiro caso, algo que permeia o aspecto sócio-político.
Faz-se necessário tratar essa perspectiva de amplo acesso as dependências da biblioteca, disponibilizando investimentos para que possam ser feitos estudos arquitetônicos e científicos, a fim de oferecer grandes estruturas físicas, bem como grandes estruturas de acervo e orientação para a acuração de conhecimentos para os portadores de necessidades especiais, fomentando três condições básicas de acesso: urbanística (caminhos de acesso, estacionamento); arquitetônicos (iluminação, ventilação, banheiros, rampas adequadas) e informação e comunicação (sinalização, sistema de consulta e empréstimo, tecnologia de apoio para usuários portadores de necessidades especiais).

É preciso valorizar os usuários com as mais diversas necessidades no sentido de conferir-lhe respaldo informacional, seja no aspecto sensorial (audição e visão), seja no físico (de locomoção ou coordenação), visando tornar o acesso a biblioteca pelos portadores de necessidades especiais uma realidade na um mito como em muitas universidade ainda são. Mas não o mito no sentido apenas de impossibilidade, mas de constrangimentos pela deficitária estrutura urbanística, estrutura física e estrutura de informação não estarem compatíveis com as condições dessa comunidade.

Enfim, poucas são as bibliotecas universitárias que oferecem ampla estrutura de acesso aos portadores de necessidades especiais. O caso do sistema de bibliotecas de uma dada universidade ser ou não centralizado pode influir nesse processo de acessibilidade. Entretanto, é preciso realçar que a estrutura da biblioteca não pode ser centralizada arbitrariamente na segmentação dos padrões geográficos e físicos da universidade.

REFERÊNCIAS


MAZZONI, Alberto Angel et al. Aspectos que interferem na construção da acessibilidade em bibliotecas universitárias. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ci/v30n2/6209.pdf> Acesso em: 26 jun. 2009.

Jonathas Carvalho
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Qual a diferença entre faculdade, centro universitário e universidade?


Você sabe qual a diferença entre Faculdade, Universidade e Centro Universitário?

De acordo com o Decreto 5.773/06, as instituições de educação superior, de acordo com sua organização e respectivas prerrogativas acadêmicas, são credenciadas como:
I - faculdades;
II - centros universitários; e
III - universidades.

As instituições são credenciadas originalmente como faculdades. O credenciamento como universidade ou centro universitário, com as conseqüentes prerrogativas de autonomia, depende do credenciamento específico de instituição já credenciada, em funcionamento regular e com padrão satisfatório de qualidade.

As universidades se caracterizam pela indissociabilidade das atividades de ensino, de pesquisa e de extensão. São instituições pluridisciplinares de formação dos quadros profissionais de nível superior, de pesquisa, de extensão e de domínio e cultivo do saber humano, que se caracterizam por:
I - produção intelectual institucionalizada mediante o estudo sistemático dos temas e problemas mais relevantes, tanto do ponto de vista científico e cultural, quanto regional e nacional;
II - um terço do corpo docente, pelo menos, com titulação acadêmica de mestrado ou doutorado;
III - um terço do corpo docente em regime de tempo integral.

§ 1º A criação de universidades federais se dará por iniciativa do Poder Executivo, mediante projeto de lei encaminhado ao Congresso Nacional.
§ 2º A criação de universidades privadas se dará por transformação de instituições de ensino superior já existentes e que atendam o disposto na legislação pertinente.

São centros universitários as instituições de ensino superior pluricurriculares, abrangendo uma ou mais áreas do conhecimento, que se caracterizam pela excelência do ensino oferecido, comprovada pela qualificação do seu corpo docente e pelas condições de trabalho acadêmico oferecidas à comunidade escolar. Os centros universitários credenciados têm autonomia para criar, organizar e extinguir, em sua sede, cursos e programas de educação superior.

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=116&Itemid=86

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Governo Federal pretende aumentar investimentos em projetos de extensão

Os ministérios da Educação, da Cultura e do Trabalho e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) se uniram este ano para ampliar os recursos destinados à melhoria da gestão das atividades de extensão universitária. O investimento no período 2009-2010 será de R$ 19,2 milhões. De 2006 a 2008, o Programa de Apoio à Extensão Universitária (Proext) teve R$ 16 milhões, verbas exclusivas do MEC.

Para receber os recursos, as universidade públicas, federais e estaduais, e os institutos federais de educação, ciência e tecnologia, que oferecem cursos superiores, devem inscrever seus projetos até dia 3 de julho. Com a ampliação dos investimentos, os três ministérios e o Iphan têm a expectativa de financiar cerca de 500 novos projetos, no prazo de dois anos.

Mais informações sobre esse projeto no site do MEC:
Atentar também para o edital 06/2009 que dispõe sobre as regras do projeto em questão. Eis o link: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/editalproext_2009_6.pdf

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Bibliotecas: suas investidas e perspectivas sociais, culturais e educativas pelo viés político

Biblioteca Pública Governador Menezes Pimentel (BPGMP).

Fortaleza - CE.






A conjuntura atual das bibliotecas no Brasil exige uma análise ampla, pois não é possível compreender os seus aspectos apenas com uma abordagem da realidade vivenciada, mas também de um caráter normativo, em que a referida instituição deveria ter um papel eminentemente ativo.

A afirmação de um papel mais ativo varia de acordo com as perspectivas de cada estado, onde algumas bibliotecas têm um papel mais reconhecido em virtude de um trabalho diversificado e que envolve a área de arquivo, restauração, preservação da memória, enfim, tarefas que são comuns ao bibliotecário, todavia não são compreendidas majoritariamente, pelos bacharéis da área.

Quando se fala em papel diversificado, pode-se afirmar em conteúdo. Exatamente o que a profissão precisa para tornar-se algo mais representativo. A técnica apreendida pelos profissionais nos anos da graduação, muitas vezes se limitam a trabalhos cerceados, face a escassez de alternativas que esta isoladamente ocasiona. A possibilidade de trabalhar com empréstimo de livros, catalogação, classificação e indexação é muito pouco para quem quer ser chamado de profissional da informação. Trabalhar o conteúdo é uma questão inerente a técnica, pois esta já vem acompanhada daquele. Trabalhar com conteúdo, o que isso implica dizer? Pode-se afirmar que a biblioteca possui um cunho eminentemente social, político, cultural.

A problemática concentra-se em algumas questões que são prementes comentar: o bibliotecário, enquanto profissional precisa de arregimentar forças para situar-se como sendo importante para a sociedade, mas como isso é possível.

Percebe-se um profundo descaso do governo para com os investimentos em bibliotecas. Para muitos esta instituição só tem importância, quando, por exemplo, no caso das Bibliotecas Universitárias, estas entram em greve.

Afinal, qual a importância da biblioteca? Falar em social, cultural e educacional é muito vago diante das imersões de possibilidades de exemplos práticos. A biblioteca tem por dever a promoção de atividades técnicas como o empréstimo de livros e coisas do gênero, mas isso ainda não chega próximo de ser o suficiente.

A biblioteca também tem o papel da promoção de debates políticos, seminários acerca de temas pertinentes a necessidade da comunidade a qual está ligada, eventos culturais como exposições em forma de cartazes, livros, vídeo. Assim, percebe-se que o papel das bibliotecas é lato, porém ainda não foi reconhecido como tal em muitas instituições do Brasil. Admito ainda que o seu papel não se restringe somente a isso.

É evidente que existem diversas bibliotecas especializadas e cada uma agirá de acordo com as especificidades exigidas, mas existem bibliotecas que podem trabalhar num contexto genericamente ativo, o que significa o reconhecimento das ações. Outra ação que parece ser pertinente é o que tange a educação. Bibliotecas que trabalham com projetos de fomento a leitura, onde as comunidades mais carentes, que têm acesso precário a escola, podem receber uma ajuda pedagógica e educativa.

Então fica a pergunta: por qual motivo as bibliotecas não fazem tudo isso? Primeiro pela falta de investimentos governamentais, segundo por falta de mobilização da sociedade que, não verifica ser o espaço biblioteca, propensa a uma ampla ação dos fatores expostos no tema.
Ora, como falar em ação social, cultural e educativa, sem falar em política? Chega-se a um ponto crucial para avaliação e daí pode-se tocar na Biblioteconomia para a elucidação de tal fato. É necessário que essa classe busque os meios e desperte nas comunidades, dos mais variados estilos, a necessidade de investir mais nas bibliotecas. É preciso a realização de uma mobilização coletiva, da classe bibliotecária juntamente com outros estudantes de graduação e profissionais, junto aos órgãos públicos, assembléia, câmara municipal, etc.

Pode-se notificar que a biblioteca brasileira tem atuado como um aparelho ideológico do Estado reproduzindo as idéias da ideologia dominante. Isto é, no processo de lutas de classe, a biblioteca tem apoiado aqueles detentores do poder econômico e político em detrimento de uma maioria oprimida que necessita de assistência informacional. A grande maioria da população, por não ver traduzidos seus anseios informacionais, cotidianos e profissionais na biblioteca, não a visualiza como uma instituição socialmente útil. Ora, qual a vantagem de procurar soluções em um local em que as respostas não serão fornecidas ou simplesmente serão fundamentadas em conceitos contrários? Só para comprovar o descaso com as bibliotecas e a sua importância, interpelo: quem conhece a biblioteca Municipal de Fortaleza Dollor Barreira? Quem já foi lá ver o estado em que ela se encontra? Quem já parou para perceber a importância do seu papel social junto à comunidade do Bairro do Benfica? Vale ressaltar que este papel social não é desempenhado por falta de recursos.

Alguém já notabilizou o papel que a Biblioteca Pública estadual Menezes Pimentel deveria exercer, mas não exerce pelo mesmo motivo? Assim, pode-se observar que se em cada comunidade houvesse não somente uma estrutura de biblioteca, mas um trabalho lato, esta teria a sua importância efetivada e aquela seria um sinônimo de uma educação melhor estruturada, pois como disse o papel social, cultural e educativo depende também da biblioteca, mas esta servindo como educação suplementar, ou seja, que atribui opção e acesso aqueles que estão envolvidos e, mormente, aqueles que querem aprender. Existem outros casos diversos como uma biblioteca pública em São Paulo que estava instalada onde antes era um açougue.

Falar em papel social, cultural e educacional significa falar diretamente sobre o envolvimento das massas. Para tanto, é preciso um planejamento dos governos, Municipal, Estadual e Federal para a efetivação de tais tarefas. Concomitantemente é preciso a valorização do profissional bibliotecário, pois este deve estar apto a cumprir com as responsabilidades mencionadas neste texto. Assim, é importante a reflexão para a observação de duas coisas: a importância da biblioteca, como instrumento de ação social, cultural e educacional, que é feito através da política e também do papel do profissional bibliotecário, que precisa exigir que a biblioteca não somente trabalhe com livros, mas que de acordo, com as necessidades de cada biblioteca, tenha os aparatos suficientes para que a sociedade perceba a importância tanto da instituição como do profissional da área.

Finalizando, isso só será possível com grandes manifestações de cunho político, visando a sensibilização dos governos para com esta causa. Certamente os resultados seriam mais promissores.

Jonathas Carvalho
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Materiais sobre inclusão e exclusão digital



Aqui, disponibilizamos alguns materiais em variados suportes que abordem a temática da inclusão e/ou exclusão digital:




PERIÓDICOS


Navegabilidade e inclusão digital: usabilidade e competência



Inclusão digital, software livre e globalização contra-hegemônica




Inclusão Digital: uma alternativa para o social? - análise de projetos realizados em Salvador




INCLUSÃO DIGITAL, POLÍTICA DE SOFTWARE LIVRE E OUTRAS
POLÍTICAS DE INCLUSÃO



PODER LOCAL E INCLUSÃO DIGITAL: DIRETRIZES PARA UMA POLÍTICA DE GOVERNO ELETRÔNICO


Telecentros comunitários: uma resposta à "exclusão digital"


Inclusão Digital: O Lado Social das Tecnologias da Informação e da Comunicação

O papel da interação humano-computador na inclusão digital




Desafios e Resultados de uma experiência na Inclusão Digital de Surdos




Uso de plataformas tecnológicas para inclusão digital – o caso da TV digital e da produção de conteúdos


Desafios da Inclusão Digital e o Software Livre









JANELAS DA CULTURA LOCAL: ABRINDO OPORTUNIDADES PARA INCLUSÃO DIGITAL




DISSERTAÇÃO

Além da Inclusão Digital: O Projeto sampa.org




LIVROS


DIAS, Lia Ribeiro. Inclusão Digital: com a palavra, a sociedade. São Paulo: Plano de Negócios, 2003.


HAZARD, Damian; GALVÃO FILHO, Teófilo Alves; REZENDE, André Luiz Andrade. Inclusão digital e social de pessoas com deficiência: textos de referência para monitores de telecentros. Brasília: UNESCO, 2007.



MELO, José Marques de. A muralha digital: desafios brasileiros para construir umasociedade do conhecimento. In. Sociedade da informação e novas mídias: participação ouexclusão? PERUZZO, Cicília e BRITTES, Juçara. São Paulo, Intercom, 2002.


NERI, Marcelo Côrtes. Mapa da exclusão digital. Rio de Janeiro: FGV/IBRE, CPS, 2003.


PELLANDA, Nize Maria Campos (org.). Inclusão Digital: tecendo redes afetivas/cognitivas. Rio de Janeiro: DP&A, 2005.


SILVEIRA, Sérgio Amadeu da. A miséria na era da informação. São Paulo: Perseu Abramo, 2001.

SILVEIRA, Sérgio Amadeu da e CASSINO, João (orgs.). Software livre e inclusão digital. São Paulo: Conrad Editora do Brasil, 2003.


WARSCHAUER, Mark. Tecnologia e inclusão social - a exclusão digital em debate. Disponível em:< http://books.google.com/books?hl=pt-BR&lr=&id=jtrEUwJAxsYC&oi=fnd&pg=PA7&dq=livros+-+inclus%C3%A3o+digital&ots=vUnuP1H39Y&sig=_-tPIrcQSkM6Qgr69ILqxAFHaDw>.




SITES DE INTERESSE




http://oficina.inclusaodigital.gov.br/

Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas

Novo site do Inclusão Digital


AcessaSP


Quem tiver mais materiais, por gentileza, compartilhe conosco!!!


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INCLUSÃO DIGITAL NO BRASIL: TRÊS PILARES


É evidente as influências das TIC's no Brasil referente ao processo de dinamização da vida cotidiana e mercadológica, seja de indivíduos, de grupos sociais, empresas/setor produtivo, universidade/escolas e outros setores da sociedade. Porém, é visível que o Brasil ainda não vem efetivamente preparando a aplicabilidade do dicurso da inclusão digital e quando falamos em inclusão não nos referimos apenas ao acesso, mas também aos procedimentos mais conscientes e firmes de como utilizar os artefatos tecnológicos.

Por isso, é pertinente uma política pública que invista no processo de inclusão digital, especialmente das camadas mais carentes de nossa sociedade. Para se ter uma dimensão de como o Brasil ainda está "engatinhando", no período de 1999 a 2002, a Inglaterra investiu aproximadamente dois bilhões oitocentos e trinta e cinco milhões de reais somente para instalação de internet nas escolas públicas e mais cerca de novecentos e trina milhões de reais na capacitação de bibliotecários e professores no uso de tecnologias da informação e da comunicação, enquanto no Brasil, nesse mesmo período, não foram investidos mais do que 3% do investimento britânico.

Ressaltando que computadores e internet não são os únicos instrumentos de inclusão digital, pois é preciso possibilitar o acesso digital de forma continuada e em diversos suportes possibilitando maior consciência desse acesso por parte do público. Porém, uma possível solução que pode ser acenada no Brasil é a seguinte: tratar a inclusão digital como sendo um processo de inclusão social. Ou seja, é preciso saber que diversas pessoas, com o acesso aos meios digitais, podem criar subsídios para melhorar a sua condição intelectual e profissional aprimorando também o setor produtivo de suas atividades.

Para mostrar as deficiências no processo de inclusão digital no Brasil expomos um texto que vislumbra bastante a nossa realidade atual. Eis o link que leva ao texto:

Deixamos ainda algumas perguntas para reflexão: será que o Brasil tem aprimorado sua política de inclusão digital? Quais os maiores problemas no Brasil que favorecem as deficiências da inclusão, especialmente a digital?

Boa leitura!!!


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BIBLIOTECA COMUNITÁRIA OU POPULAR? QUAL DELAS BUSCA A CONSCIENTIZAÇÃO DA COMUNIDADE?










É pertinente observar a importância da ação de uma biblioteca na comunidade. Porém, é preciso saber também qual papel essa biblioteca desempenha para a comunidade, dado que a biblioteca, infelizmente pode ser utilizada numa dicotomia, ou seja, tanto no caso de conscientização, bem como de alienação e promoção da ideologia dominante. Para um maior entendimento da questão nada mais clarividente do que utilizar duas concepções de bibliotecas: comunitárias e populares.

Em relação a primeira pode ser verificada como sendo uma concepção de biblioteca que amolda a comunidade as diretrizes da ideologia dominante, isto é, não busca uma conscientização da comunidade, dando-lhe respaldo para conhecer a realidade social, mas simplesmente que as deixam resignadas. As bibliotecas comunitárias atualmente são as mais conhecidas, inclusive em qualquer comunidade recebe este nome, vez que a intenção é amenizar as propostas provenientes da biblioteca popular. Assim, o termo Biblioteca Comunitária foi assimilado e aceito, enquanto que o termo Biblioteca Popular continua rejeitado (ALMEIDA JÚNIOR, 1995).

Outra limitação que concerne a Biblioteca Comunitária é a concepção do desenvolvimento de trabalhos apenas com livros, e esta restrição já exclui uma grande camada que não tem acesso à escrita, de modo que falar em comunidade implica em moradores de periferia, de baixa renda e escolaridade. Com efeito, a biblioteca precisa buscar reconhecê-la como agente ou sujeito social capaz de criar espaços de cultura (FERREIRA, 2003).

Em relação às Bibliotecas Populares vale ressaltar que estas visam estruturar uma concepção de identidade social a comunidade, tornando-a sujeito social de sua história. Para corroborar com o pensamento da idéia de Biblioteca Popular Rabello (1987, p. 41), afirma:

A idéia de Biblioteca Popular, e sua prática, aproximaram as bibliotecas das camadas populares, procurou estruturá-la de baixo para cima, criou condições para torná-la participativa. A biblioteca passou a acompanhas seu tempo, inseriu-se na história, ofereceu uma contribuição renovadora para a área.

Todavia, é importante questionar que para o êxito dessas bibliotecas na transformação de uma instituição socialmente útil é preciso avaliar a perspectiva de mobilizar a comunidade para exigir a participação com recursos do Estado, visto que a biblioteca é uma instituição que demanda recursos para o desenvolvimento dos seus projetos. Isto quer dizer que a Biblioteca Popular deve interagir com o Estado, especialmente na institucionalização da biblioteca pública, mas não com o objetivo de manter a ideologia dominante, e sim com vistas a angariar recursos financeiros e a articulação de atividades, tais como a promoção da leitura, serviços de informação utilitária e cotidiana, dinamização do acervo, seja no sentido pedagógico, seja no administrativo, seja no técnico, seja no social, dentre outros, visando trabalhar o processo de conscientização da população.

Outra condição crucial em que a Biblioteca Popular perde um pouco de credibilidade com a comunidade e precisa de urgentes transformações é o fato de que pouco existe continuidade nas suas atividades, ou mesmo ausência de resultados, de sorte que às comunidades possuem necessidades diferenciadas e peculiares, mesmo apresentando condições semelhantes, tais como: pobreza, baixa escolaridade e renda, dentre outros.

A verdade é que a concepção de Biblioteca Popular, mesmo não tendo sua acepção bem definida é objeto de estudos que buscam ratificá-la como uma instituição socialmente útil e que tenta se aproximar da comunidade a fim de satisfazer as suas necessidades de maneira adequada. Para que esse conceito seja efetivamente ampliado faz-se necessário a ação do bibliotecário num processo de conscientização da comunidade no que tange a importância dessa instituição, mas num processo de baixo para cima, ou seja, onde as pessoas, na formação de um caráter coletivo, sejam escutadas e participem do processo de implantação da biblioteca, bem como de seu desenvolvimento.

A Biblioteca Popular, na perspectiva de fazer uma abordagem da comunidade buscando a conscientização deve envidar as ações adequadas com a comunidade, tendo muita cautela em relação a estudos quantitativos, pois estes podem atrapalhar a adaptação da comunidade a realidade da biblioteca. De acordo com Saviani (1984, p. 127):

O fracasso da abordagem quantitativa resulta, como se mostrou, de uma perspectiva conservadora, isto é, da atitude segundo a qual a sociedade no seu todo é considerada satisfatória, não carecendo senão de retoques superficiais; nesse contexto, o papel da escola será preservar o tipo de sociedade prevalecente (os padrões dominantes) e garantir-lhe cada fez maior eficiência e produtividade. Aqueles que se situam nessa perspectiva acreditam ingenuamente (no sentido epistemológico da palavra) que seja possível operar mudanças quantitativas sem mudanças qualitativas. Essa crença leva, pois, não apenas a hipertrofia da quantidade em detrimento da qualidade (como se pensa correntemente) mas a própria frustração das metas quantitativas. Com efeito, as mudanças quantitativas, na medida em que se tornam significativas, acarretam inevitavelmente, mudanças qualitativas.

Enfim, é importante salientar a necessidade de um estudo constante da comunidade a fim de saber qual o seu desenvolvimento, satisfação e sugestão para o desenvolvimento da biblioteca, pois isso mostra além de uma relação de reciprocidade, a construção de uma biblioteca com a efetiva participação da população do local.




REFERÊNCIAS



ALMEIDA JÚNIOR, Oswaldo Francisco de. Biblioteca Pública: ambiguidade, conformismo e ação guerrilheira do bibliotecário. São Paulo: APB, 1995, n.15. 12p.


FERREIRA, Sandra Regina Melito. Biblioteca Comunitária: acesso e paixão pelos livros. Disponível em: . Acesso em: 12 de fevereiro de 2006.


RABELLO, Odilia Clark Peres. Da biblioteca pública à biblioteca popular: análise das contradições de uma trajetória. Revista da Escola de Biblioteconomia da UFMG, Belo Horizonte, ano 16, n.1, p.19-42, março, 1987.

SAVIANI, Dermeval. Educação: do senco comum à consciência filosófica. São Paulo: Cortez, 1984.


Jonathas Carvalho
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VÍDEO SOBRE PESQUISA CIENTÍFICA E O USO DA INFORMAÇÃO




Caros leitores, disponibilizo vídeo textual de uma palestra que ministrei na Universidade Federal do Ceará - Campus Cariri (Juazeiro do Norte) relativa a Rede de Valorização do Ensino Superior (REVES), cujo tema é: A Pesquisa Científica e o Uso da Informação: implicações metodológicas e éticas.

Eis o link que dá acesso ao vídeo textual:
Bom acesso e boa leitura!!!
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MINISTRO DA CULTURA APOIA CRIAÇÃO DE BIBLIOTECAS POPULARES

Durante audiência pública, na Assembleia Legislativa, sobre a Lei Rouanet, o ministro da Cultura, Juca Ferreira (foto), anunciou apoio do Ministério ao projeto de criação das bibliotecas populares nos terminais de ônibus de Fortaleza, projeto de autoria do vereador Guilherme.

O parlamentar aproveitou sua fala sobre a oferta de políticas públicas na área da Cultura e citou sua proposta de criação das bibliotecas em Fortaleza, dentro da perspectiva de ampliação do acesso da população aos produtos culturais, como os livros. O ministro Juca Ferreira, prontamente, colocou o Ministério à disposição de apoiar o projeto e pediu que o vereador o enviasse a proposta para que a Pasta avalie de que forma poderá fortalecer a viabilização das bibliotecas nos terminais.

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PROJETO DE REVISÃO DA ABNT - NBR 6023



Está no início o estudo do Projeto de Revisão da ABNT NBR 6023 - Informação e documentação - Referências - Elaboração. Profissionais atuantes em bibliotecas digitais, repositórios, periódicos eletrônicos em SEER (ou outros sistemas) poderão enviar sugestões claras e bem fundamentadas para: carla.castilho@abnt.org.br Carla Castilho - Gerência do Processo de Normalização.

A 2ª Reunião/2009 da CE-14:000.03 - Comissão de Estudo de Identificação e Descrição foi realizada no dia 5 de junho de 2009, na Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) Rua Minas Gerais, nº 190 - Higienópolis - São Paulo, SP (proximidades da estação/metrô Consolação) (próxima reunião está agendada para setembro - contribuições serão bem-vindas, especialmente dúvidas/exemplos de referenciação de documentos publicados na web).

Caros leitores, o que vocês acham da NBR 6023? Quais são as suas maiores qualidades e deficiências? Como podemos aprimorar essa normas da ABNT? É de fundamental importância a participação de biblotecários, docentes, estudantes e outros profissionais como forma de colaborar com sugestões, questionamentos e o esclarecimento de dúvidas.
Logo traremos sugestões de mudanças para a NBR 6023 da ABNT a fim de acalorar a discussão sobre o assunto.
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Crise política no Brasil: novidade ou ofuscamento das elites?


Caros leitores, compartilho artigo que escrevi referente a crise política no Brasil traçando um breve paralelo sobre a história política brasileira e a primeira gestão do governo LULA.

CRISE POLÍTICA NO BRASIL: NOVIDADE OU OFUSCAMENTO DAS ELITES?

O Brasil é um país com grandes dimensões. Isso caracteriza uma diversidade ou hibridismo cultural muito grande. Isso significa que cada região possui as suas especificidades, bem como contribuem para o futuro do país seja ele de forma maléfica ou promissora. Politicamente é mister reconhecer que, historicamente, somos um país subordinado ao capital estrangeiro. Assim, foi com a Inglaterra, quando contraímos uma dívida de 10 milhões para a compra de uma parte do território boliviano (hoje o Acre). Com os E.U.A. no monopólio mundial o agravamento da dependência econômica, política, social, cultural, tecnológica, etc. foi inevitável, face as administrações de uma elite que, na dependência, se beneficiava com atos de vandalismo ao Brasil.
Por qual motivo vandalismo? Ora, não podemos deixar de avaliar governos voltados para a classe minoritária, possuidoras do poder e fazendo deste a sua munição de arbitrariedades, assim como perceber que a herança deixada de Portugal ao nosso país foi por demais avassaladora. Produtos como ouro, açúcar e café tornaram-se mais desvalorizados impossibilitando o Brasil de competir com o mercado internacional quando da sua “independência política”.Falo em vandalismo em virtude de que apropriar o capital estatal, afim de privatizá-lo e render ao povo brasileiro o eminente pagamento de impostos e a contração de uma dívida interna que hoje passa dos 850 bilhões e que consequencia uma dívida externa, é um atributo que o povo brasileiro sofre sem ter representantes de um escalão mais humanizante e igualitário.

Governos como o de Washington Luis, cujo tema precípuo era: “Governar é construir Estradas”, o de Juscelino Kubitschek que abriu, ou melhor dizendo, se rendeu ao capital externo são provas de que o vandalismo político no Brasil é uma variante incisivamente importante para a avaliação da nossa atual crise política.

Quais os sentidos desse contexto histórico para a nossa atual crise política? Não é novidade para ninguém que esta se alastra pelo país há séculos e que é necessário a concatenação desses valores históricos para a compreensão de nossa conjuntura atual. As disparidades sociais reinantes atestam que governos voltados para a elite visualizam a ilusão de que o desenvolvimento é a arma da grande representatividade do país, sendo ele tecnológico, turístico, etc.

O que constrange é ler a Constituição Federal e não precisamos passar nem do seu pré-âmbulo para notificar que a mesma tem um caráter eminentemente ilusório, além de ser beneficiadora de uma minoria que se apodera da mesma para ditar normas e simplesmente não cumpri-las. Esse início de república era o algoz de um sofrimento já passado na era colonialista e imperial. Mudou apenas o regime, mas não a perspectiva de igualdade para a nação. O pré- âmbulo da constituição diz assim:


“Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem- estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos sob a proteção de Deus, a seguinte CONSITTUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL”. (MORAES, 2000. P. 13).


Qual o significado dessas palavras, ou melhor desses valores? A priori é a constituição de um estado onde é soberana a harmonia, ou sucintamente a relação humana e igualitária existente entre os homens dessa nação. Os nossos governos, pelo menos em seu contexto majoritário buscaram efetivar justamente o contrário do que aí se apregoa. A Ditadura Militar de 1964 a 1985 foi um ato de democracia, de valorização humana, de liberdade? Desconheço esses valores na caracterização da mesma. Os motivos pelos quais foram impostos regimes ditatoriais pela América Latina, talvez não seja novidade: a ascensão de movimentos de cunho revolucionário, no Chile, Argentina, Brasil, Uruguai, dentre outros causaram espanto a hegemonia norte-americana e a consequente instauração das Ditaduras.

No Brasil João Goulart era a perspectiva de mudanças para a classe majoritária quando decretou que 10% da produção agropecuária deveria ficar compulsoriamente por aqui. Isso significou a expectativa de um limiar da economia e da política autônomas, todavia barrados pelos E.U.A. de forma arbitrária.

Chegando ao governo Fernando Henrique Cardoso, verifica-se a sua maestria enquanto sociólogo para conduzir a relação política interna e internacional exposta na constituição. Este foi assaz inteligente para ludibriar o povo brasileiro e contrair a maior dívida da história brasileira. O Plano Real era o desenvolvimento político-econômico tão pretendido por políticos. O próprio FHC sabia que por alguns instantes haveria estabilidade da economia e valorização política, sendo que ulteriormente a derrocada dos dois aspectos supramencionados seria vital para a nação.

Então, a crise política, econômica, social do Brasil é amplamente histórica e o presidente Fernando conseguiu agravá-la ainda mais. A sua articulação política prova o contrário, em virtude que mais pessoas tiveram acesso as tecnologias como a televisão, o computador e mais especificamente a Internet, celulares. Por onde passamos vemos alguém com celular. Será que isso é desenvolvimento? Do ponto de vista financeiro sim e do ponto de vista social? A desigualdade social no Brasil se agravou sobremaneira nos últimos anos. Os investimentos em educação e cultura, bases de respaldo para um desenvolvimento igualitário são pífios diante do que é gasto para pagamento da dívida externa, dos salários recebidos por políticos, afora os processo de corrupção vigentes. Isso mesmo corrupção, daí chego ao epicentro da questão: a corrupção no governo FHC foi menor do que o atual até o momento? O agravamento de uma subordinação ao capital externo também foi menor?

Acredito que o Governo Lula é a maior decepção que muitos militantes de esquerda estão tendo, inclusive alguns saindo do PT, pois este perdeu a sua identidade. Agora, é necessário que o povo brasileiro (aí incluo militantes de esquerda, os que apóiaram Lula, os conservadores, a classe mais pobre, etc.) perceba que a decepção com o Lula é demasiadamente grande, mas por qual motivo nunca se falou de impeachment contra o senhor FHC? Será que a população brasileira acredita que o governo anterior é melhor do que o atual? A intenção aqui é justamente ampliar os campos de análise e não restringi-los. Uns acreditam que o governo anterior é melhor do que esse. Já outros acham este melhor, mas não isentam o Lula de culpa pela crise vivida no Brasil. Alguns ainda não acreitam em nenhum dos dois. Há aqueles que acreditam que para uma mudança igualitária é mister um processo revolucionário, com a militância do povo brasileiro em ação, baseado nas idéias de uma maior justiça social e ao menos de um asseguramento dos direitos constitucionais. Como dizia Karl Marx “As idéias se congeminam com as práticas sociais”. Assim, para essa mudança, que alguns apregoam (e faço parte dela), é preciso a mobilização do povo na perspectiva de ver um país mais humano e justo.

Para tanto, é preciso o advento de uma nova força política que ascenda ao poder para concretizar essas mudanças. Novas militâncias vão surgindo aliadas a outras já existentes. Não obstante, acredita-se numa unificação de partidos ainda considerados de esquerda para fortificar o bloco daqueles que anseiam por mudanças de cunho igualitário, pois acreditar que vivemos numa democracia, quando podemos votar é até plausível, contudo não é possível acatar o que nos é asse4gurado no pré-âmbulo da Constituição que anti-democratiza as possibilidades de sociabilização da nação brasileira no que concerne a igualdade social. por isso afirmo que não vivemos de fato numa democracia, mas numa plutocracia (governo daqueles que possuem poder econômico). assim, percebe-se que quem governa no Brasil são os grandes grupos empresariais externos e nacionais e o governo ao invés de representar o povo em seu contexto lato assegurado constitucionalmente, rende-se a esse “governos” disseminados pelo Brasil e que monopolizam o capital financeiro, industrial” e consequentemente cerceiam as possibilidades das ações dos exercícios sociais e mais amplamente dos direitos que nos são assegurados.

Finalmente, pode-se notificar que o governo Lula é uma decepção muito grande, face as reformas da previdência (existem países que demoram 10, 20 e até 30 anos para instaurar uma reforma previdenciária bem estruturada e o governo brasileiro tentou fazer em menos de dois anos de forma arbitrária). Para a implantação de uma reforma previdenciária é mister a estruturação da seguridade social que é representada por três aspectos: saúde, assistência social e previdência. Sem os dois primeiros em plena estabilidade fica difícil a concretização exitosa do terceiro. Em relação a Reforma universitária, acredita-se ser uma traição a classe estudantil, tanto a atual como a que militou a 10, 20, 30, 40 anos em busca de algo mais justo para os estudantes universitários e não relegar a segundo plano as Universidades públicas e a privatização do ensino superior brasileiro. Estas são crises que devemos sobretudo nos decepcionar, mas é preciso que haja a ampliação das visões de que essa crise atual não é isolada; parte de fatores instavelmente estruturados, isto é, os governos anteriores concretizaram crises semelhantes, sem contudo, receber uma abordagem tão intensa da mídia e do povo brasileiro. Diante do exposto fica a alerta: a crise política do Brasil é resultado de um processo histórico que faz-se necessário mudar, pois caso isso não aconteça continuaremos crescendo e as disparidades também. Que paradoxo!!!!!

Jonathas Carvalho
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PUBLICAÇÃO DE ARTIGO



Quero compartilhar com os leitores artigo de minha autoria juntamente com o professor Luiz Tadeu Feitosa, em 2007, na revista Biblionline, da UFPB, cujo tema é: UMA ANÁLISE SOBRE A IDENTIDADE DA BIBLIOTECONOMIA BRASILEIRA: o enfoque da interdisciplinaridade.



Eis o link que dá acesso ao artigo:

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NORMALIZAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS

Em matéria, aliás 4 matérias, feitas pelo Professor Hamilton do curso de Biblioteconomia da UFC de Fortaleza aproveito para disponibilizá-la neste espaço, pois é muito útil para aqueles que estão fazendo projetos de pesquisa, artigos, principalmente, monografias, dissertações e teses, ou mesmo outros tipos de trabalhos acadêmicos.

Eis os links que levam as matérias:


http://hamiltont.blogspot.com/2009/05/nbr-6023-abnt-nocoes-basicas.html


http://hamiltont.blogspot.com/2009/05/abnt-nbr-6023-nocoes-basicas-parte-2.html


http://hamiltont.blogspot.com/2009/05/abnt-nbr-6023-nocoes-basicas-parte-3.html


http://hamiltont.blogspot.com/2009/05/abnt-nbr-6023-nocoes-basicas-parte-4.html


Bom proveito e boa normalização!!!
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