Concursos para bibliotecários em 2009



Não é um fato tão novo que os concursos em Biblioteconomia têm crescido vertiginosamente, mostrando que o mercado na área vem ganhando reconhecimento no mercado, seja no setor público, seja privado.

Eis uma relação dos concursos para bibliotecários que ainda ocorrerão em 2009:






NORDESTE





BA - UFBA - Universidade Federal da Bahia - inscrição até 31/08/2009, taxa: R$ 60,00. Informações: http://www.concursos.ufba.br/


BA - UFBA - Universidade Federal da Bahia - inscrição até 10/09/2009, taxa: R$ 60,00. Informações: http://www.concursos.ufba.br/


NORTE


AP - Secretaria de Estado da Administração - inscrição até 17/08/2009, taxa: R$ 115,00. Provas dia 20 de setembro de 2009. Informações: www.unifap.br/depsec


PA - Prefeitura de Conceição do Araguaia - inscrição até 17/08/2009, taxa: R$ 35,00. Provas dia 27 de setembro de 2009. Informações: http://www.fadesp.org.br/


CENTRO-OESTE


DF - ENAP - Escola Nacional de Administração Pública - inscrição até 21/08/2009, taxa: R$ 60,00. Provas dia 27/09/2009. Informações: http://www.concursosfcc.com.br/


GO - TCE - Tribunal de Contas do Estado - inscrição até 11/09/2009, taxa: R$ 81,37. Provas dia 18/10/2009. Informações: http://www.concursosfcc.com.br/


SUL


RS - Prefeitura de Passo Fundo - inscrição até 21/08/2009, taxa: R$ 18,00. Provas dia 04 de outubro de 2009. Informações: http://www.saber.srv.br/


RS - Prefeitura de Vacaria - inscrição até 30/07/2009, taxa: R$ 35,00. Informações: http://www.fundatec.com.br/


RS - UNIPAMPA - Universidade Federal do Pampa - taxa: R$ 45,00. Provas dia 19 de julho de 2009. Informações: www.cespe.unb.br/concursos/unipampa2009


SC - UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina - inscrição até 26/08/2009, taxa: R$ 110,00. Informações: http://www.ufsc.br/


SC - IFC - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - inscrição até 25/08/2009, taxa: R$ 50,00. Informações: http://www.ufsc.br/


SUDESTE


SP - Hospital das Clínicas - inscrição até 03/08/2009, taxa: R$ 52,31. Informações: http://www.hcnet.usp.br/


SP - Instituto Geológico - inscrição até 21/08/2009, taxa: R$ 22,00. Provas dia 18 de outubro de 2009. Informações: http://www.institutocetro.org.br/


MG - Prefeitura de Uberaba - inscrição até 30/07/2009, taxa: R$ 29,50. Provas dia 23 de agosto de 2009. Informações: www.fundep.br/concursos


MG - Prefeitura de Ninheira - inscrição até 04/09/2009, taxa: R$ 22,00. Provas dia 31 de outubro de 2009. Informações: http://www.impellizzieri.com.br/


MG - Prefeitura de Pains - inscrição até 22/10/2009, taxa: R$ 24,00. Provas dia 22 de novembro de 2009. Informações: http://www.imam.orb.br/


MG - Prefeitura de Tarumirim - inscrição até 20/10/2009, taxa: R$ 39,00. Provas dia 30/10/2009. Informações: http://www.maximaauditores.com.br/


ES - Prefeitura de Guaçuí - inscrição até 31/07/2009, taxa: R$ 20,00. Informações: http://www.exatuspr.com.br/


Para mais informações acessem o site:


Lá vocês podem encontrar informações diversas sobre concursos na área de Biblioteconomia, tais como: cursos, livros e apostilas com análises de questões de concursos, análises de provas, dicas de provas, entrevistas, divulgação de concursos, entre outras coisas.



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Profissões com solicitação para regulamentação


Expomos aqui algumas profissões que foram pra Câmara Federal recentemente, visando serem regulamentadas. Algumas foram regulamentadas, outras estão em processo de regulamentação e outras tiveram a solicitação negada.

Mas antes indicamos os critérios estabelecidos pela Câmara para aprovação ou rejeição do pedido de regulamentação das profissões:



Vamos por partes:


PROFISSÕES REGULAMENTADAS


REPENTISTA - é definido pela proposta como o profissional que utiliza o improviso rimado como meio de expressão artística, transmitindo a tradição e a cultura popular por intermédio do canto, da falta ou da escrita, sendo citados como tais o cantador e o violeiro improvisador, o embolador e o cantador de coco, o poeta repentista, o contador e o declamador de causos, e o escritor de literatura de cordel.

Mais informações:



PROMOTOR DE VENDAS E DEMONSTRADOR DE MERCADORIAS - a única exigência constante da proposta para o exercício das duas profissões é que o candidato tenha ensino médio.

Mais informações:



OLEIRO OU CERAMISTA - pela proposta, podem exercer a profissão de oleiro ou ceramistas os profissionais formados por estabelecimento de ensino reconhecido ou aqueles que comprovarem exercer as atividades descritas por, no mínimo, três anos.

Mais informações:



APICULTOR - poderá exercer a profissão de apicultor quem passar por um treinamento sobre a criação racional de abelhas, com carga horária mínima de 40 horas, ministrado por uma entidade reconhecida pela Confederação Brasileira de Apicultura (CBA).

Mais informações:



PROFISSÕES COM REGULAMENTAÇÃO REJEITADA


CORRETOR DE VEÍCULOS - O relator considerou a matéria inconstitucional, pois somente o Poder Executivo pode apresentar projeto para a instituição de conselhos profissionais.Além disso, segundo Lessa, a proposta original também é inconstitucional pois obriga os corretores a se filiarem a associações estaduais. O relator destacou que a Constituição determina que ninguém pode ser compelido a associar-se.

Mais informações:



CONTROLADOR AÉREO - a alegativa para rejeição é de que a atividade de controle do tráfego aéreo vem sendo exercida preponderantemente por militares da Aeronáutica, que permanece julgando conveniente não delegá-la a terceiros.

Mais informações:



PROFISSÕES EM PROCESSO DE REGULAMENTAÇÃO


DESIGNER DE INTERIORES - a pessoa deve possuir diploma de curso técnico, de bacharelado ou de especialização em design de interiores ou diploma de bacharelado em arquitetura, desde que tenha cursado a disciplina de Arquitetura de Interiores. Esses certificados devem ser expedidos por instituição brasileira ou estrangeira de ensino oficialmente reconhecida.

Mais informações:



SOMMELIER - Entre as funções do sommelier, está a participação no planejamento e na organização do serviço de vinhos nos estabelecimentos, a preparação e execução do serviço de vinhos e o atendimento de clientes em estabelecimentos que servem e comercializam vinhos, informando-os sobre as características do produto.

Mais informações:



MODELO - Para exercer a profissão, a (o) modelo deverá ter pelo menos 16 anos e ter concluído o ensino fundamental e um curso de qualificação que inclua noções de prevenção de acidentes, primeiros socorros, nutrição, higiene e problemas decorrentes da má alimentação. Outra exigência é a aprovação em exame de saúde física e mental e a realização de avaliações semestrais para comprovar que o profissional não está abaixo do peso.

Mais informações:



FOTÓGRAFO - poderão ser fotógrafos profissionais os diplomados por escolas de nível superior em fotografia no Brasil, desde que devidamente reconhecida, assim como os diplomados por escola superior em fotografia localizada no exterior, cujos diplomas forem revalidados no Brasil, na forma da legislação vigente.

Mais informações:

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Classificação WebQualis dos Periódicos em Ciência da Informação no Brasil


De acordo com a nova proposta de classificação da CAPES expomos as classificações atuais dos periódicos em Ciência da Informação:

Perspectivas em Ciência da Informação (UFMG) – B1

Ciência da Informação (IBICT) – B1

Datagramazero (IBICT/UFF/UFRJ) – B3

Encontros Bibli (UFSC) – B3

Informação & Informação (UEL) – B4

Informação & Sociedade: Estudos (UFPB) – B2

Ponto de Acesso (UFBA) – B5

Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação (Unicamp) – B4

Revista ACB – (Associação Catarinense de Bibliotecários - Florianópolis) – B4

Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação – RBBD – (FEBAB) – B5

Revista Em Questão (UFRGS) – B3

Transinformação (PUC-CAMPINAS) – B2

Observação: existem outros periódicos em Biblioteconomia e Ciência da Informação no Brasil que não constam na classificação WebQualis.

Para ver a lista completa de classificação WebQualis de periódicos acesse o link:

http://qualis.capes.gov.br/webqualis/ConsultaListaCompletaPeriodicos.faces

Acesse também a lista completa de classificação dos Anais:

http://qualis.capes.gov.br/webqualis/ConsultaListaCompletaAnais.faces
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Nova Classificação Qualis


A CAPES está com um novo modelo de classificação dos Periódicos, Anais e Jornais. Antes o critério de classificação dos instrumentos de informação era definido da seguinte forma: A – B – C.

Agora, o critério de classificação está definido como: A1 – A2 – B1 – B2 – B3 – B4 – B5 – C.

O que muda com essa nova classificação? Em primeiro lugar, aparentemente, a classificação cria um padrão mais definido, pois com mais quesitos de classificação fica mais fácil definir os critérios para classificar. Por exemplo, um periódico que está classificado como C, tem critérios mais específicos para mudar para B5.

Em segundo lugar, porém, da mesma forma que torna mais fácil estabelecer a classificação, fica mais difícil a fiscalização. É preciso que a CAPES seja muito criteriosa para definir qual a classificação dos periódicos, anais e jornais.

E quais são os critérios para classificação WebQualis? O primeiro e principal é a existência de um ISSN consistente por parte dos periódicos. A própria CAPES assegura que somente com um ISSN que possa ser facilmente encontrado, seja na Internet, seja em periódicos impressos podem ser incluídos na Tabela de Referência do Qualis.

Há quem diga que essa nova classificação põe em risco a existência de diversas revistas em diversas áreas do conhecimento, haja vista que o procedimento adotado pela Qualis valoriza substancialmente as perações matemáticas e quantitativas em detrimento da produção científica e de sua relevância.

Para mais informações sobre como utilizar o sistema WebQualis acessar o seguinte link:


Lembrando que o site WebQualis pode ser encontrado no seguinte endereço:

http://qualis.capes.gov.br/webqualis/


Outras informações sobre a classificação qualis podem ser encontradas em:

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Deputados querem mudar decisão do STF sobre diploma de jornalista



No dia 17 de junho, o Supremo Tribunal Federal decidiu derrubar a exigência de diploma e registro no Ministério do Trabalho para o exercício do jornalismo. A resposta na Câmara foi rápida e, 21 dias depois, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que é jornalista e tem o diploma, já havia conseguido a assinatura de 191 deputados para apresentar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC 386/09) que restitui a exigência.



No mesmo dia, o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), que é jornalista mas formou-se em Direito, apresentou o Projeto de Lei 5592/09, que regulamenta a profissão com a exigência do diploma para as áreas técnicas de apuração, redação, edição e comentário de notícias.A intenção do deputado foi separar essas áreas da impressão de artigos opinativos, que deve ser livre em sua opinião, e motivou o Supremo nessa decisão. Até 1969, o diploma não era exigido, e Miro pertence a essa geração de jornalistas, embora entenda que o diploma foi uma conquista importante.



Frente parlamentar



Ao mesmo tempo a deputada Rebecca Garcia (PP-AM) está organizando uma frente parlamentar em defesa do diploma. Essa frente deve reunir especialistas para evitar que as propostas sejam consideradas inconstitucionais após sua aprovação.



A deputada dirigiu, em Manaus (AM), a TV Rio Negro e o jornal O Estado do Amazonas, e acredita que a formação universitária é indispensável aos profissionais da área. "Em minha experiência, nunca vi categoria que discuta tanto as questões éticas da profissão, e isso vem da vivência acadêmica", disse a deputada, que é economista.



A frente já tem o apoio de 148 parlamentares, mas Rebecca lembra que não houve tempo para percorrer o Senado colhendo assinaturas. "E o presidente Michel Temer também demonstrou apoio à nossa causa e disse que a PEC deve tramitar em regime de urgência", acrescentou.



Apoio de 73%



Embora a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) tenha uma pesquisa que mostra o apoio de 73% dos entrevistados ao diploma, as reações foram bastante diversas: grandes empresas de comunicação, como a Rede Globo e os grupos Abril e Folha, acharam bem-vinda a mudança.


Já a Associação Nacional de Jornais (ANJ) afirmou que é favorável ao diploma, mas entende que sua exigência como requisito para a profissão é questionável.



Por sua vez, estudantes de jornalismo e sindicatos da categoria em todo o País realizaram protestos e apoiam a PEC de Paulo Pimenta. "Existe essa lógica do mercado, que quer a desregulamentação geral, a partir da lógica do lucro, mas a sociedade vai reagir contra as empresas que veem a informação apenas como mercadoria", avisou o deputado.



Para ele, a decisão do Supremo extrapolou o que foi pensado pelos constituintes, que criaram uma barreira contra a censura a que estavam submetidos os jornais, e não viam a exigência do diploma para exercício profissional como cerceamento da liberdade de expressão.



Mais informações sobre o assunto nos links:








Reportagem - Marcello Larcher

Edição - Newton Araújo


Agência Câmara

Tel. (61) 3216.1851/3216.1852

Fax. (61) 3216.1856





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Bibliotecas de órgãos governamentais

Disponibilizamos aqui o link de algumas bibliotecas de órgãos governamentais que podem servir como instrumento de informação para estudantes, usuários, bibliotecários, pesquisadores, professores, etc.



PODER LEGISLATIVO



Biblioteca do senado


http://www.senado.gov.br/sf/biblioteca/default.asp



Biblioteca e Arquivo da Câmara Federal


http://www2.camara.gov.br/biblarq



Biblioteca virtual da Câmara Federal


http://www2.camara.gov.br/observatorio/biblioteca


Biblioteca e Arquivo da Assembléia Legislativa de Minas Gerais

http://www.almg.gov.br/index.asp?arquivo=biblioteca&diretorio=biblioteca&grupo=servicos


Biblioteca da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro

http://www.alerj.rj.gov.br/biblioteca4.htm


Biblioteca da Assembléia Legislativa do Espírito Santo

http://www.al.es.gov.br/subsites/biblioteca/ampliadas/visite.htm

http://www.al.es.gov.br/subsites/biblioteca/ampliadas/Manual_do_usuario_BibJoaoCalmon.pdf (Manual do Usuário)


Biblioteca da Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul

http://www.al.ms.gov.br/Servi%C3%A7oseCidadania/Biblioteca/tabid/368/Default.aspx


Biblioteca da Assembléia Legislativa de Pernambuco

http://www.alepe.pe.gov.br/paginas/?id=3655


Biblioteca da Assembléia Legislativa do Ceará

http://www.al.ce.gov.br/biblioteca/


Biblioteca da Assembléia Legislativa de Alagoas

http://www.al.rs.gov.br/biblioteca/


Biblioteca da Assembléia Legislativa da Bahia

http://www.al.ba.gov.br/biblioteca.cfm


Biblioteca da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul

http://www.biblioteca.al.rs.gov.br/handler.php?module=gnuteca&action=main:pesquisa


PODER EXECUTIVO



Biblioteca virtual do Ministério do Meio Ambiente


http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=12



Biblioteca do Ministério do Trabalho e Emprego


http://www.mte.gov.br/biblioteca/default.asp



Biblioteca do Ministério do Transporte


http://www.transportes.gov.br/dibib.htm



Biblioteca do Ministério Público da União (Procuradoria Geral da República)


http://cdij.pgr.mpf.gov.br/



E-mail e links de Bibliotecas do Ministério Público Federal


http://cdij.pgr.mpf.gov.br/institucional/bibliotecas-do-mpf-1/bibliotecas-do-mpf




PODER JUDICIÁRIO



Biblioteca do Supremo Tribunal Federal


http://www.stf.jus.br/portal/cms/verTexto.asp?servico=bibliotecaConsultaAcervoStf



Biblioteca do Sperior Tribunal de Justiça


http://www.stj.gov.br/portal_stj/publicacao/engine.wsp?tmp.area=356



Biblioteca do Superior Tribunal Militar


http://www.stm.gov.br/didoc/apresentacao.php



Biblioteca do Tribunal Superior Eleitoral


http://www.tse.gov.br/institucional/biblioteca/site_novo/index.htm



Biblioteca do Tribunal Superior do Trabalho


http://www.tst.gov.br/Ssedoc/PaginadaBiblioteca/index.htm




Biblioteca do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios


http://www.tjdft.jus.br/trib/bibli/bibli.asp


Observação: ressaltamos que em alguns Ministérios como o da Cultura, Minas e Energia, Saúde, entre outros órgãos do poder legislativo, executivo e judiciário não encontramos links de bibliotecas.
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Uma crítica a realidade educacional brasileira baseada no pensamento de Paulo Freire


A educação é um dos mecanismos mais eficazes para a concretização de um desenvolvimento social, político, econômico, cultural e tecnológico, propiciando um grande teor de igualdade. Talvez, seja por isso que os investimentos nesse setor são tão ínfimos. Paulo Freire é um dos grandes intelectuais que delineiam um novo método educacional, visando ir além da alfabetização, ou seja, dinamizando uma conscientização no indivíduo. Isso implica dizer que a alfabetização não era o objetivo precípuo, seria apenas o limiar de um processo de conscientização política, onde o indivíduo iria reconhecer a sua condição na realidade social e tentar transformações.


A sua perspectiva educacional assinalava que a educação não poderia ser hierarquizada, nem fragmentada, isto é, o professor emite as informações e os alunos recebem de forma isolada, sem uma contextualização ao estudo da realidade. Seria preciso uma intrínseca relação entre educador - educando para que ambos ascendessem numa visão mais ampla da conjuntura social, política, econômica, cultural, dentre outros aspectos do Brasil e do mundo, pois como dizia Paulo Freire: “Quem ensina aprende ao ensinar, quem aprende ensina ao aprender”.

A necessidade de uma educação voltada para as massas é a perspectiva trivial do desenvolvimento igualitário e da conscientização dessa classe. Todavia, para que isso seja possível, é preciso um trabalho árduo nas comunidades e que estejam agregados de valores políticos, sociais, vez que as relações sociais permitem uma quebra dos paradigmas voltados pra uma educação conivente com o sistema elitista, capitalista. Para tanto, é necessária visão política, que possibilitará a limiar alfabetização e ulterior conscientização. Segundo Paulo Freire essa conscientização era a libertação cultural do indivíduo, mas o que isso significa?


Para este grande educador, existe uma dualidade que precisa ser quebrada efetivamente, que é a relação opressor e oprimido. Esta tem desenvolvido os seus métodos educacionais, a fim de que essa condição permaneça e que o oprimido não busque alternativas de transformações e a classe opressora ofusca as possibilidades de conscientização, visando a sua libertação, o seu conhecimento da realidade, buscando a sua transformação.


A educação não pode apenas basear-se num caráter informativo, pois é condição essencial imposta pelas elites: a informação é assaz eficiente para que o indivíduo esteja inserido na sociedade de modo a poder participar de suas atividades. Existe a necessidade premente de questionamentos mais amplos, onde a escola esteja viabilizada numa educação voltada para as massas. Podemos denominar essa educação para as massas, num processo de “Educação Revolucionária”, visto que o método Paulo Freire não se restringiu ao Brasil, nem a escola, mas foi ao Chile e Peru, bem como procurou mobilizar as massas, mormente os sindicalistas e as comunidades mais sofridas. Assim, pode-se afirmar que malgrado aos investimentos em projetos de leitura e/ou bibliotecas, se não houver uma conscientização no processo de educação nas comunidades que estejam sendo implantadas, será apenas mais uma ação de caráter mantenedor das elites.


Para as mudanças tão almejadas é preciso uma práxis que mobilize a sociedade em prol dos valores da maioria. Mas o que seria essa práxis? Será que podemos considerar uma simples ação uma práxis? Esta, para ser efetivamente reconhecida, necessita de grandes objetivos e estruturações para que haja maior possibilidade de êxito. Os seres humanos estão amiúde envidando suas ações, não significando, porém, que seja uma práxis, pois muitas não têm as suas perspectivas bem delineadas. Primeiramente pelo fato de muitas ações serem eminentemente individuais, atentando que as relações pedagógicas (digam-se também sociais e políticas) ascendem eficazmente de forma coletiva. Em segundo lugar, as ações educativas, como já mencionado precisam ir além, além da alfabetização, buscando uma conscientização, que se caracterizaria como sendo a práxis, pois libertaria culturalmente o indivíduo da “opressão”.


Com efeito, quão intensas e grandes são as dificuldades de uma compreensão lata e comedida da questão, pois a sociedade brasileira, em seu contexto majoritário, inclusive educadores e aqueles que têm afinidades com a área não atentaram que as ações educativas só poderão ter pleno êxito com as várias visões supramencionadas anteriormente. Visão política, social, cultural, da realidade histórica, enfim visão ampla da sociedade é um indício de conscientização que precisa ser transmitida as massas.


Ao que me parece, inúmeros são os motivos pelos quais não se despertou essa mobilização em prol de uma educação voltada para as massas. Um deles é o governo. Geralmente voltados para os interesse da elite nacional e mormente internacional, representadas por órgãos privados e empresas multinacionais, estes “instauram seus interesses no Brasil”, deixando o setor majoritário da população do país em situações eminentemente complicadas. Isso pode ser comprovado na desigualdade social, na fome, miséria, visto que esses órgãos com a complacência do governo, não investem na educação, visando uma conscientização do indivíduo, mas tão somente uma alfabetização incipiente para as mudanças nas relações pedagógicas.


Outro fator essencialmente importante são os interesses de classe e o individualismo da sociedade. Várias classes quando se mobilizam não verificam a perspectiva de corroborar com a sociedade forma mais ampla. Desse modo, prefere fechar o seu movimento, sem atentar para causas mais amplas que poderiam beneficiar outras classes e o contexto majoritário da sociedade. A educação precisa de coletividade, de superação dos interesses de classe e da individualidade. Os projetos educacionais não podem mais ser voltados apenas para a alfabetização. Estes têm de adquirir uma visão inicial do processo que chega a seu ápice na concretização da conscientização da comunidade. Sabidamente isso não é fácil, dado que muitos não têm o que comer, segundo Karl Marx, atividade sumária para o desenvolvimento de outras atividades.


Destarte, percebe-se a necessidade de concatenar as questões educativas além das sociais, políticas e culturais (embasamento da práxis) também a de subsistência alimentar (suprimento vital para o início do processo de alfabetização e conscientização para libertação. O setor intelectual da sociedade precisa perceber que a educação é um fator vital para a autonomização política do Brasil. A luta não pode cercear-se apenas aos partidos políticos e sindicatos, mas esse precisa estar presentes na educação das crianças e jovens, mas não de maneira alienativa, ou seja, buscando apenas a filiação partidária e um fechamento político, mas uma abertura que supere os interesses de classe e pessoal, a fim de mobilizar-se contra a classe dominante e quebrar essa relação opressor e oprimido, mas antes é preciso superar aquelas barreiras: intelectual e ignorante, educador e educando (deixando de ser hierárquica).


É preciso, como diria Paulo Freire, denunciar a estrutura política elitista, no caso a capitalista e anunciar uma nova perspectiva. Para ele, isso era ser utópico, mas muitos levam a utopia como algo irrealizável, mas Paulo Freire acreditava que a utopia era justamente o pensamento contrário aos interesses das elites. Ele afirmava que, para um envolvimento efetivo na educação, era necessário afinidade, vontade lutar por aquela causa. Não adiantaria ter uma formação na área, se os intelectuais edificassem uma grande barreira que os separassem das massas e fizessem daqueles grandes teóricos, sem uma efetiva práxis e destes oprimidos.


Qual a conjuntura da realidade educacional brasileira? Será que ensinar as crianças a ler e escrever quando muitas nem têm o que comer, é suficiente? Será que alfabetizar é o todo da relação pedagógica? Será que as elites não manipulam, ou melhor, investem de atos imperiosos contra ela, a fim de que as massas não tenham uma visão estruturada da realidade? Como se encontra a educação secundarista e superior? A primeira declina face aos pífios investimentos do governo, sem materiais para o aprendizado e o ensino, baixos salários, escolas sem infra-estrutura e sem superestrutura (sem visão humanizante). A prova cabal disso é que muitos que terminam o Ensino Médio, não vão desenvolver a vida intelectual, sendo praticamente forçado a trabalhar toda uma vida, recebendo salários baixos, aprendendo a ser individualista, sem corroborar com a sociedade, pois concatenando a análise ao Ensino Superior, como pode haver uma perspectiva educacional efetiva para as massas, se o nosso processo de entrada na Universidade é um vestibular.


Será que uma prova vai determinar os conhecimentos do estudante? Há uma concorrência muito grande em diversos cursos, impossibilitando a entrada de futuras capacidades das áreas. O sistema não está preocupado que o aluno não entre na Universidade, ou que entre em cursos que não tenha a mínima afinidade, ou mesmo que o abandone por falta de condições financeiras. Como falar em formação educacional, se o nosso método de avaliação é subserviente as elites? Se não está preocupado com as massas? Suprimindo os direitos estabelecidos constitucionalmente, sendo que estes são descaradamente violados?


Finalmente, é necessária a participação dos intelectuais, visando a conscientização das massas, pois que fique bem claro: o intelectual não é somente aquele que adquire ou absorve grandes conhecimentos, mas sim aquele que os seus conhecimentos, consegue aplicá-los e corroborar para a conscientização do contexto majoritário da sociedade. Isso implica dizer a completude do intelectual, ou seja, o compartilhamento do que aprendeu com a sociedade, a sua preocupação e o pensamento com a coletividade. Não precisamos necessariamente adquirir uma formação na área de Educação, mas precisamos atentar para a necessidade desta como sendo fundamental para as mudanças sociais, políticas, culturais, visando uma maior igualdade na sociedade brasileira. Paulo Freire não foi somente educador, mas também um expoente dos conhecimentos históricos, políticos, sociais, filosóficos, a fim de aplicá-los e fazer do seu método algo humanizante, ou seja, que se preocupasse com o homem, ou mais diretamente com a sociedade.

Jonathas Carvalho
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Comissão aprova exigência de universalização de biblioteca escolar


Edson Santos

Substitutivo também prevê bibliotecário com formação superior e acesso à internet nas bibliotecas. Proposta segue para a CCJ.A Comissão de Educação e Cultura aprovou na quarta-feira (15) proposta que exige a instalação de bibliotecas em todas as escolas públicas de educação básica e a presença de bibliotecários com formação de nível superior nessas bibliotecas. O texto também determina que o acervo desses locais seja permanentemente atualizado e mantido em local próprio, atraente e acessível, com disponibilidade de acesso à internet.



As medidas estão previstas no substitutivo do deputado Alex Canziani (PTB-PR) aos projetos de Lei 3044/08, do deputado Sandes Júnior (PP-GO); e 4536/08, do deputado Marcelo Almeida (PMDB-PR).



O substitutivo também estabelece que cada sistema de ensino, de acordo com as condições disponíveis e com as características locais, terá a prerrogativa de organizar o trabalho dos bibliotecários, admitido o atendimento a mais de uma biblioteca escolar por um mesmo profissional.


Segundo o texto, os sistemas de ensino da União, dos estados e dos municípios deverão garantir capacitação específica aos bibliotecários para atuar como mediadores entre os alunos e a leitura, de modo a contribuir para a formação efetiva de leitores. A proposta define um prazo de cinco anos para implementação das medidas previstas.


O substitutivo altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB - Lei 9.394/96).Qualidade da educação.


Tramitação

A proposta tramita em caráter conclusivo e segue para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.Íntegra da proposta:


Comentários do autor sobre o Projeto de Lei:


Reportagem - Luiz Claudio Pinheiro
Edição - Pierre Triboli

Agência Câmara
Tel. (61) 3216.1851/3216.1852Fax. (61) 3216.1856
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Ministro mantém Emir Suaiden no cargo de Diretor do Ibict por mais 4 anos



O Ministro de Estado da Ciência e Tecnologia, Sergio Machado Rezende, decidiu nesta sexta-feira (03/07) confirmar a permanência do Diretor do Ibict, Emir Suaiden, no cargo de Diretor do Instituto por mais quatro anos. A decisão foi comunicada ao Diretor por meio do ofício 484/2009, de 03 de julho de 2009.

Emir José Suaiden, que já vinha ocupando a direção do instituto desde 2005, é graduado (1971) em Biblioteconomia pela Universidade de Brasília, possui mestrado (1980) em Ciência da Informação pela Universidade Federal da Paraíba, doutorado (1989) em Ciência da Informação pela Universidad Complutense de Madrid e pós-doutorado(2002) na Universidad Carlos III de Madrid.


Dirigiu, durante dez anos, o Instituto Nacional do Livro-INL. Durante a sua gestão, foram instaladas mais de duas mil bibliotecas públicas, três mil profissionais foram capacitados e foram implantados o sistema de co-edição de livros e o sistema de carros-biblioteca para o atendimento da população suburbana e rural. Pelo trabalho realizado no INL, Emir Suaiden foi conduzido à Presidência do Comitê Executivo do Centro de Estudos para o fomento do Livro na América Latina (CERLALC), onde implementou programas de acesso ao livro e à leitura.


É pesquisador de produtividade do Conselho Nacional de desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPq. Possui quatro livros e mais de 50 artigos publicados em diversos países. São numerosas as citações nas bases de periódicos indexados do Portal Capes e em bases abertas, como o Live Search, totalizando mais de oito mil citações.


Desenvolveu, em parceria com a Dra. Cecília Leite Oliveira, uma metodologia para a inclusão digital que se transformou na Lei no. 3275 do Governo do Distrito Federal, tornando obrigatória a sua utilização. Esta metodologia é reconhecida e premiada.


Emir Suaiden é membro do Conselho Consultivo do Programa NAC, da Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro, é professor visitante da Universidad Carlos III de Madrid e é professor titular dos cursos de mestrado e de doutorado da Universidade de Brasília.


Tem experiência na área de Ciência da Informação, com ênfase em Processos de Disseminação da Informação, atuando principalmente nos seguintes temas: ciência da informação, biblioteca e sociedade, biblioteca pública, sistema informacional e informação. Desenvolve pesquisas nas áreas de gestão da informação e inclusão digital.


Assessoria de Comunicação Social do Ibict
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Site útil para utilização do Twitter


O uri.is é um site que busca resolver um dos principais problemas do Twitter: a falta de espaço para as postagens. O serviço insere a mensagem com mais de 140 caracteres e disponibiliza o link do site para que as pessoas possam ver o restante da postagem. Agora, você pode escrever a vontade no twitter sem se preocupar com a quantidade de caracteres.

Eis o link que leva ao site:

http://uri.is/beta/index.php

Vale a pena testar.
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Quem foi Ramiz Galvão?



Se você sempre teve curiosidade em saber quem foi Ramiz Galvão, aí vai: Benjamin Franklin R. G., barão de Ramiz, médico, professor, filólogo, biógrafo e orador, nasceu em Rio Pardo, Rio Grande do Sul, em 16 de Junho de 1846, e faleceu no Rio de Janeiro em 9 de Março de 1938.


Bacharelado em Letras aos 19 anos escreveu o seu grande livro, O Púlpito no Brasil, publicado em 1867. Formou-se em medicina em 1868. Gozou da amizade de D. Pedro II desde os anos escolares. De 1882 a 1889, foi preceptor dos príncipes imperiais, netos de D. Pedro II e filhos do Conde d’ Eu e da Princesa Isabel. Teve assim ocasião de conviver com o Imperador, que o chamou a exercícios de cargos honrosos. Realmente Ramiz Galvão teve, tanto no Império como na República, ocasião de ocupar cargos importantes, graças à sua capacidade de trabalho, valor intelectual e profunda cultura. Por decreto do governo imperial de 18 de Junho de 1888, recebeu o título de Barão de Ramiz.


Dirigiu a Biblioteca Nacional. Por duas vezes, foi diretor geral da Instrução Pública do Distrito Federal. Foi também o primeiro Reitor da universidade do Brasil. Nos doze anos que dirigiu a Biblioteca Nacional, organizou a exposição camoniana de 1880 e a de História do Brasil, no ano seguinte com os respectivos e preciosos catálogos. Também promoveu a publicação dos anais daquela repartição. Uma marca da administração de Ramiz Galvão que merece enaltecimento é a realização de concursos públicos, em especial de bibliotecários, exigindo conhecimentos de História Universal, Geografia, Filosofia, Bibliografia, Iconografia, Literatura, Catalogação de Manuscritos e traduções do Latim, Francês e Inglês, tendo como primeiro aprovado no concurso para bibliotecário, o historiador Capistrano de Abreu. Organizou o Asilo Gonçalves de Araújo, instituição destinada a educar crianças pobres, conforme vontade expressa do seu doador, e foi seu diretor desde 1899 até 1931.


A presença de Ramiz Galvão na história da filologia ficou marcada com o seu vocabulário etimológico, ortográfico e prosódico das palavras portuguesas derivadas da língua grega, publicado em 1909, suscitando polêmicas vivazes. Só entrou p ara a Academia em 1928, aos 82 anos. Já havia concorrido em 1912 à vaga do barão de Rio Branco, quando perdeu para Lauro Muller, fomentando o afastamento de José Veríssimo das atividades acadêmicas, inconformado com o pleito. Na academia, fez parte da comissão do dicionário (1928), da Comissão de Gramática (1929) e foi o presidente (1934). Um exemplo de profissional plural a ser seguido.


Obras: Biografia do Frei Camilo de Moserrate (1887) O poeta Fagundes Varela, conferência (1920); Teatro Educativo, Ensaio (1938. Traduziu a A Retirada da Laguna da 3 ed. francesa do Visconde de Taunay (1919).

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Nota de Esclarecimento sobre a Plataforma Lattes



Em relação às notícias veiculadas recentemente sobre a Plataforma Lattes, a administração do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq esclarece o que se segue.


1 – A Plataforma Lattes, criada pelo CNPq em 1999, é um patrimônio público que presta relevantes serviços à comunidade científica e tecnológica em particular e à sociedade em geral.

2 – Trata-se de um banco de dados de livre adesão para cadastramento e consulta de currículos.

3 – O acesso às informações fornecidas pelos cadastrados (exceto dados pessoais) está disponível para todos os interessados.

4 – Desde 2004 os novos usuários, bem como aqueles já cadastrados que atualizam os seus currículos, antes de enviá-los eletronicamente ao CNPq, assinam o Termo de Adesão e Compromisso com a Plataforma Lattes e se responsabilizam pelas informações inseridas, de acordo com a Legislação Federal pertinente. Antes de 2004 não havia essa exigência e os arquivos podiam ser enviados no sistema “off line”, o que algumas vezes impedia a identificação da origem do envio.

5 – Embora a Plataforma Lattes contenha mais de um milhão de currículos, apenas cerca de 100 mil fazem parte do Diretório dos Grupos de Pesquisa, cujos dados são validados a cada dois anos pelas instituições de pesquisa onde estão os seus líderes.

6 – Desde 2008, o Conselho Deliberativo do CNPq criou uma comissão de acompanhamento do Currículo Lattes, constituída por 3 pesquisadores, pelo auditor-chefe do CNPq, pelo coordenador geral de informática e mais 2 técnicos da agência, que analisa todas as denúncias referentes a possíveis irregularidades encontradas no conteúdo de currículos. Nos casos em que as denúncias são comprovadas, os currículos são eliminados da base.

7 – Além da certificação solicitada aos próprios pesquisadores e às instituições, nos últimos anos, o CNPq tem buscado validação externa das informações relativas aos artigos publicados, recorrendo a convênios com os administradores das bases Scopus, Scielo e Web of Science. Com isso, boa parte das informações do currículo já é exibida com certificação.

8 – Qualquer concessão de auxílio ou bolsa é precedida de análise do currículo e de informações complementares pelos técnicos desta agência e por especialistas da área. Antes, porém, do pagamento de qualquer benefício, o CNPq confirma as informações cadastrais do beneficiário junto à Receita Federal, utilizando o CPF.

9 – Durante a implantação da Plataforma Lattes, muitos currículos foram inseridos por pessoas ligadas aos pesquisadores com o objetivo de completar as informações relativas aos grupos de pesquisa. Isso pode explicar a informação veiculada nos últimos dias envolvendo a Ministra Dilma Rousseff, que teve o seu currículo Lattes preenchido e enviado em 26 de maio de 2000, às vésperas do encerramento do censo do Diretório de Grupos de Pesquisa, em 23 de junho do mesmo ano. Nele, ela aparece como integrante do grupo de pesquisa intitulado “Estado e Setor Financeiro” da Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul, da qual ela é servidora. Desde então, o currículo só veio a ser atualizado nos últimos dias, tendo figurado no grupo de pesquisa citado até 2002. A Ministra jamais solicitou ou recebeu qualquer beneficio do CNPq.

Assessoria de Comunicação Social do CNPq

Diretamente do site: http://www.cnpq.br/



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Novo ENEM


O Ministério da Educação apresentou uma proposta de reformulação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e sua utilização como forma de seleção unificada nos processos seletivos das universidades públicas federais.

Segundo o MEC, a proposta de inserção do novo ENEM tem como principais objetivos democratizar as oportunidades de acesso às vagas federais de ensino superior, possibilitar a mobilidade acadêmica e induzir a reestruturação dos currículos do ensino médio.

As universidades possuem autonomia e poderão optar entre quatro possibilidades de utilização do novo exame como processo seletivo:

• Como fase única, com o sistema de seleção unificada, informatizado e on-line;
• Como primeira fase;
• Combinado com o vestibular da instituição;
• Como fase única para as vagas remanescentes do vestibular.

Na minha opinião, em termos pedagógicos, acredito que o ENEM não venha modificar os padrões de entrada para as universidades públicas. Entendo que seria preciso estabelecer um processo que integrasse o ensino básico, secundário e superior para que quando o aluno entre na universidade não fique perdido no processo de desenvolvimento da pesquisa, do ensino, das suas atividades curriculares e de sua vivência na academia de modo mais amplo. Isto é, um exame dificilmente será um indicador da real capacidade de um indivíduo, mas as suas ações curriculares no ensino básico e secundário, a apresentação de uma proposta para ingressar no curso de preferência aliado ao exame, talvez promovesse uma contribuição bem mais efetiva para a educação brasileira.

E, você, caro, leitor, o que acha da nova idéia do MEC com relação com relação ao ENEM? Acha que a educação básica e superior pode melhorar em termos pedagógicos/curriculares? Ou é simplesmente uma proposta de uma política de governo que não terá grande aceitação? Será que uma exame é suficiente para demonstrar a capacidade de um aluno para ingressar na universidade ou mostrar identificação com o curso que quer ingressar?

Mais informações sobre o NOVO ENEM no link:

http://www.enem.inep.gov.br/

Eis o link que leva as matrizes de referência para o ENEM 2009:

http://www.enem.inep.gov.br/Enem2009_matriz.pdf
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Projeto de bolsas de extensão terá prioridade, diz Michel Temer




O presidente da Câmara, Michel Temer, disse que vai dar "prioridade absoluta" ao Projeto de Lei 7394/06, que cria o Fundo de Extensão da Educação Profissional e pode garantir recursos para um programa de bolsas de extensão, de forma a qualificar pessoas de baixa renda. Temer fez o anúncio após um pedido de apoio feito pelo autor do projeto, deputado Ariosto Holanda (PSB-CE), na solenidade de abertura do Fórum Extensão Tecnológica dos Institutos Federais.

Para Temer, o Brasil privilegiou o ensino superior ao longo do tempo e se esqueceu um pouco dos níveis intermediários de saber. "E ao ouvir que há pequenos empresários que não vão adiante por não saber como resolver problemas de seus próprios negócios, vemos que o ensino tecnológico é importante para o desenvolvimento do País", disse.

O presidente do Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica, deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE), afirmou que é preciso resgatar a prática da extensão no Brasil, com as universidades participando da transferência de saber para a população mais carente. "Vamos resgatar essa imensa massa de brasileiros que ficaram à margem do progresso", disse.

O Fórum Extensão Tecnológica dos Institutos Federais ocorre neste momento, no auditório Nereu Ramos. O evento é promovido pelo Conselho de Altos Estudos da Câmara, em parceria com o Conselho das Instituições da Rede Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (Conif), com a Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social do Ministério da Ciência e Tecnologia, com a Secretaria de Educação Tecnológica do Ministério da Educação e com a Secretaria de Políticas Públicas e Emprego do Ministério do Trabalho.

Mais informações:

http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?pk=137192

Eis o link que trata do Projeto de Lei:

http://www2.camara.gov.br/internet/proposicoes/chamadaExterna.html?link=http://www.camara.gov.br/internet/sileg/Prop_Detalhe.asp?id=332107
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O governo da universidade: a necessidade de uma relação harmônica e dinâmica entre professor e aluno


É sabido quão grande é o descaso com a educação no Brasil que vai desde a educação básica até o ensino superior. Isso significa dizer que as possibilidades de um desenvolvimento social igualitário ou “atenuadamente desigual” ficam mais cerceadas, vez que a educação pode ser considerada como sendo um dos vieses mais eficientes para tal.

Vale ressaltar que, não obstante o descaso do governo para com esta causa, é necessário que a classe universitária, mormente professores e alunos estejam atentos, a fim de lutar efetivamente pela Universidade pública de qualidade (algo que está aquém de ocorrer no contexto majoritário dessas instituições, bem como esta luta encontra-se obnubilada por alguns fatores. Que fatores seriam esses? Dentro do universo universitário as vicissitudes que engendram problemáticas, desde as mais peculiares até as mais genéricas, envolvem três classes: professores, alunos e servidores.

Principalmente as duas primeiras classes desempenham papel fundamental para a constituição do que é a universidade atualmente. A terceira desempenha um papel eminentemente técnico, distanciando-se um pouco das relações pedagógicas. Alguns educadores acreditam que os servidores não podem envolver-se nesse caráter de formulação e desenvolvimento pedagógicos, todavia, acredito que a participação dessa classe insere-se como algo importante, dado que essa técnica desenvolvida pela classe, em alguns pontos, concilia-se com os processos burocráticos que permeiam as universidades e a política num contexto mais amplo.

Talvez seja principalmente em virtude da burocracia a partir do momento em que a democracia desenvolveu diretrizes confusas e um tanto quanto arbitrárias, pois hoje é praticamente impossível fundir a relação democracia e burocracia. Daí ser necessária a participação dos servidores nas relações pedagógicas, a fim de que aduzam o seu caráter técnico e burocrático. Porém, essa participação do servidor técnico-administrativo poderia ser mais dinâmica, caso a universidade não tivesse se transformado no antro de exigências burocráticas.

Com efeito, o campo mais importante de análise objetiva para o contexto das universidades, bem como as intersubjetividades que permeiam as instituições supramencionadas é a relação professor e aluno. Assim, é possível atestar que um dos fatores que limitam as lutas por uma universidade mais educativa e acessível é o isolamento de ambas as classes. Em que sentido? Embora, seja decepcionante afirmar, mas os órgãos de representações burocráticas estudantis deparam-se com uma crise de identidade eminentemente notável.

Primeiro em virtude que muitos componentes de órgãos estudantis, tais como CA’s, DA’s e DCE não procuram conhecer de forma mais abrangente a conjuntura universitária e, quando conhecem, normalmente é de forma isolada, sem uma transmissão conteudística em que haja reciprocidade, ou seja, a concatenação política estudantil não permite um embasamento coletivo da conjuntura universitária. Em segundo lugar isso ocorre pela introdução demasiada da ideologia dos partidos políticos dentro das entidades, onde as divergências partidárias entre os estudantes, e muitos casos, passam a ser consideradas como sendo divergências pessoais, onde o encaminhamento coletivo de idéias, a fortificação das entidades estudantis é cerceada.

Porém é importante salientar que os contatos com os partidos políticos são importantes, desde que não atestem um conteúdo fechado, a fim de que as relações estudantis (que são relações sociais e não deixa, dentro do “mundo” universitário de serem relações pedagógicas, de sorte que corroboram maléfica ou beneficamente para a conjuntura da universidade) não fiquem alienadas e sem perspectivas.

E em relação aos professores? Esse caso perpassa por um processo mais amplo e que envolve diretamente a hierarquização. Muitos docentes, em virtude de sua formação acadêmica confundem a autoridade intelectual, com a autoridade moral e política. Os professores também têm suas entidades, mas diferentemente dos estudantes que esbarram na questão partidária, ocorre um forte interesse de classe, onde há um fechamento nas relações entre professores e alunos. No que concerne às greves, estas têm se confundido com o maior fomento a uma reforma universitária igualitária e, por conseguinte, na luta por uma universidade pública de qualidade. Contudo, estas têm se manifestado, em seu contexto majoritário, com ao conquista dos interesses de classe docente, muito aquém da tão sonhada luta bem concatenada e estruturada por uma universidade melhor.

Assim, na hierarquia da universidade, onde o Reitor é a autoridade máxima, os docentes possuem representatividade ampla nos conselhos. Não podemos deixar de reconhecer o desprezo de muitos docentes em relação aos estudantes E por quais motivos a participação estudantil é escassa? Primeiro é fundamental ressaltar que o estudante, por suas tendências naturais na universidade, é um instrumento revolucionário, o que incomoda muitos docentes, pois causa um agito no governo da universidade.

Muitos docentes se arriscam a afirmar que a presença do estudante nos conselhos tanto departamentais, quanto dos conselhos que promovam a reunião dos mais variados cursos da universidade, são supérfluas, vez que o discente não tem a capacidade de conhecer os procedimentos técnicos, burocráticos e administrativos, que permeiam a universidade. Porém esta afirmação pode ser facilmente contraditada, visto que muitos professores também desconhecem essa realidade, pois quem as conhece amplamente são os burocratas da universidade.

Assim, percebe-se a importância da participação estudantil nos conselhos universitários, a fim de que mostre a sua visão e contribuição pedagógica. Ora, e de quanto pode ser essa representação? Acredita-se que esta depende da conjuntura interna da cada universidade. O que não pode ser feito é relegar o estudante nessa participação, pois, se assim for feito, o processo de discussão cultural e social, papel primordial da universidade ficará cerceado e atestará que a hierarquia reina nessa instituição, contraditando as idéias de grandes educadores, mormente Paulo Freire, onde se afirmava que o processo das relações pedagógicas (e, portanto sociais e culturais) não podem ser hierárquicos e permeados de “exclusões”, pois isso contribui somente para um planejamento mal feito na universidade e para uma formação estudantil precária na mesma proporção do ensino.

Para o aperfeiçoamento da relação professor e aluno, a fim de que ambos possam desempenhar de forma eficiente os seus compromissos, é evidente que devem discutir juntos, a fim de que ambos apreendam concatenadamente as suas funções e corroborem de forma promissora para a universidade. Isso vale também nas representações dos conselhos. O que não pode se torna mais viável para a educação superior é o estabelecimento de uma relação arbitrária entre professor e aluno em que o primeiro exige e se torna um depositário de informações, enquanto o segundo apenas atende as exigências e recebe o que está sendo transmitido. É preciso uma revisão na educação superior no que se refere ao processo de implementação de metodologias, de ações pedagógicas que sejam dinâmicas e estimulem no seio da educação o processo de ensino-aprendizagem. Porém, é preciso ainda, uma reformulação na educação básica e secundária, pois quando o aluno se insere na universidade comumente vem repleto de “vícios” e resignado na relação professor/aluno como um estigma de que o professor é o detentor do conhecimento, enquanto o estudante é algo vazio sem qualquer informação e/ou conhecimento e que esse mesmo estudante deve estar atento ao que o professor fala, pois será testado para saber se o que foi introduzido pelo docente está realmente sendo “captado” pelo corpo discente.

Com essa união, a luta por uma universidade pública de qualidade, cobrando efetivamente do governo a fazer uma reforma universitária, que faz parte de uma reforma social, visto que muitos querem entrar numa graduação, a fim de seguir uma carreira acadêmica, ou mesmo, ter uma preparação mais ampla para o mercado de trabalho e são arbitrariamente excluídos desse processo, que, no Brasil, é eminentemente competitivo e é introduzido com avaliações vagas, que deixam os estudantes em situação constrangedora.

As conseqüências de governos, onde uma classe tem representatividade praticamente máxima, é a comprovação cabal de que as relações pedagógicas estão sendo afetas e não desenvolvidas como realmente deveriam. Infelizmente, são esporádicos os casos em que professor e aluno tem uma relação efetivamente recíproca de respeito às capacidades intelectuais e específicas de cada um. O docente evidentemente, deve estar embasado de uma visão intelectual eminentemente ampla. Todavia, qual o sentido do seu conhecimento, senão para implementar metodologias interativas e que permitam o debater com os alunos? Bem como para desenvolver projetos contributivos com a sociedade, em que, muitos deles, necessitam da representação estudantil. Esse é o momento em que a universidade aprende e cresce com contribuições coletivas pautadas em objetivos coletivos e executadas coletivamente.

Historicamente falando, além de termos que suportar governos voltados para as elites, ocasionando o agravamento da desigualdade social, ainda vemos de perto uma competitividade entre docentes e discentes, como se o contexto educacional, cultural e social, não se encontrasse acima dessa relação. Governar a universidade não é fácil, mas os maiores problemas infelizmente são políticos, vez que muitos governantes das instituições supramencionadas também compactuam com o sistema vigente, deixando de ver a universidade como bem de discussão e transmissão cultural e do desenvolvimento das atividades intelectuais.

Finalmente, é preciso que todos aqueles voltados para a área da educação, cultura e ação social, estejam participando dos conselhos da universidade e não se pode deixar de registrar como fundamental a participação estudantil, uma vez que a universidade não é feita nem composta por uma classe, mas é promanada de professores, alunos e servidores, tendo com função precípua a discussão cultural e a contribuição para com a sociedade a partir de um planejamento bem estruturado que envolva essas classes, a fim de que seja realmente efetivo e não somente seja argumentado em caráter normativo (que deveria ser, mas não é).

Jonathas Carvalho
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